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Ecossistema Babitonga

O Grupo Pró-Babitonga (GPB) tem foco sobre o Ecossistema Babitonga, território compreendido pela lâmina d’água da Baía Babitonga (177,30km²) até os limites de ocorrência de vegetação de manguezal (81,79km²) à oeste, na porção costeira da barra da baía Babitonga até a isóbata de 20m ao leste, em uma faixa entre a foz do rio Saí-Guaçú (25°58.400’ S 048°35.700W), em Itapoá (ao norte) e a foz do rio Itapocú, em Araquari (26°34.900’S 048°39.700’W), ao Sul.

A Baía Babitonga é habitat de diversas espécies ameaçadas de extinção, entre elas a toninha (Pontoporia blainvillei), o boto-cinza (Sotalia guianensis), a tartaruga-verde (Chelonia mydas), o mero (Epinephelus itajara), o bagre-branco (Genidens barbus), a miraguaia (Pogonias cromis), o guará (Eudocimus ruber), o maçarico-de-papo-vermelho (Calidris canutus) e o bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris).


Trata-se do principal estuário de Santa Catarina, no qual se reproduzem 70% das espécies visadas pela pesca recreativa e comercial (artesanal e industrial). A baía abriga áreas de cultivo de moluscos (ostras e mariscos e centenas de famílias de diversas comunidades nos municípios do seu entorno têm a pesca artesanal como atividade econômica.


A pesca industrial, realizada em mar aberto, entre a capital catarinense, Florianópolis, e o litoral paranaense, também depende deste ecossistema como área de reprodução e recrutamento de grande parte das espécies-alvo. O cenário formado por paisagem belíssima composta de ilhas, praias, espaços de lazer e contemplação é palco também de outras atividades econômicas como mineração, turismo e portuária.


Classificado como "Área Prioritária para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade", o ecossistema concentra cerca de 75% dos manguezais do Estado de Santa Catarina. Um estudo de valoração econômica de serviços ecossistêmicos, elaborado em 1997 (CONSTANZA, Robert et al. The value of the world’s ecosystemservices and natural capital. Nature. London, v. 387, p. 253-260, 1997), atribuiu valor anual a áreas naturais, incluindo manguezais e estuários. O valor anual de um hectare de área estuarina, o mais alto de todas as áreas analisadas no estudo, foi de US$ 22.832,00. Esse valor, atualizado em 2020 pelo mais relevante índice inflacionário para a moeda norte-americana, o Consumer Price Index (utilizado no próprio artigo), corresponde a US$ 39.104,03.

 

A Babitonga conta com cerca de 80 km2 de manguezais. Portanto, o valor anual dos manguezais da Babitonga, segundo esse estudo, chega a US$ 136.877.840,00. Já de lâmina d’água, o complexo estuarino conta com 210 km2. Em valores anuais atualizados, seriam US$ 821.184.630,00. O valor total da área, segundo esses critérios alcança US$ 958.062.470,00 por ano.


Para mais informações sobre o Ecossistema Babitonga Consulte o Diagnóstico Ambiental do Ecossistema Babitonga, publicado em um volume especial do periódico científico Biodiversidade e Conservação Marinha, editado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul - CEPSul do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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Assessoria Executiva

Projeto Babitonga Ativa

Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade da Região de Joinville (Univille)

Contato:

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